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Estrutura de currículo (versões, etiquetas, áreas e critérios de conclusão) - (Vídeo)

O currículo de um curso é algo "vivo" e dinâmico. Ele deve ser flexível e passível de ajustes de forma a possibilitar a incorporação de novidades e adequação frente a potenciais alterações no perfil do egresso. Algumas dessas adequações são de tal monta que implicam a definição de um novo projeto pedagógico para o curso e, em consonância, um novo currículo. Outras, contudo, são mais pontuais implicando pequenos ajustes, não demandando a definição de um novo currículo.

No caso de ajustes pontuais de um currículo, há situações nas quais o ajuste aplica-se indistintamente a todos os estudantes que estejam vinculados a este currículo, como é o caso de se acrescentar uma nova disciplina optativa ou alterar a fase sugestão de oferta de uma disciplina. Mas com certa frequência ocorrem alterações que aplicam-se a um grupo de estudantes mas não a outro, como é o caso da introdução da disciplina "MTM3100 - Pré-Cálculo" em diversos currículos em 2017-1, inclusive como pré-requisito de "MTM3101 - Cálculo I". Ocorre que esta alteração afeta apenas estudantes que ingressaram a partir de 2017-1, permanecendo inalterada a grade curricular para quem ingressou antes deste semestre. Infelizmente este tipo de situação não é bem representada e tratada no CAGR - Sistema Acadêmico da Graduação

Em função da forma como os currículos são representados no CAGR, não há maneira de registrar que certos ajustes curriculares atingem apenas parte do corpo discente a não ser por meio de inclusão de comentários no texto do currículo. Não há, portanto, forma de automatizar qualquer verificação posterior, as quais precisam ser feitas manualmente pela coordenação de curso, com todos os riscos de erro humano inerente ao processo. Assim, faz-se necessário repensar a forma com os currículos são representados, com vista a automatizar toda e qualquer verificação. A introdução dos conceitos abaixo visa tal objetivo.


Versão de currículo:

Quando é definido um novo currículo para um curso, sua estrutura passa a ser a sua primeira versão (a versão inicial). Na medida que o tempo passa e forem sendo feitos ajustes, novas versões podem ser definidas. É importante notar, contudo, que nem todo ajuste curricular implica necessariamente a definição de uma nova versão. Via de regra, uma nova versão de um currículo só precisa ser gerada caso o ajuste curricular resulte em regras distintas para dois ou mais grupos de estudantes.

Para exemplificar, considere o currículo atual do Curso de Ciências da Computação, cuja versão inicial é de 2007-1. Ao longo de sua vida ele foi sendo progressivamente alterado, sendo que as alterações afetavam todo o corpo discente. Não foi necessário, portanto, gerar novas versões. Mas em 2017-1 foi introduzida a disciplina obrigatória "MTM3100 - Pré-Cálculo" em sua primeira fase, o que resultou num aumento de 72 horas-aula na carga total do curso, além de alteração no pré-requisito de "MTM3101 - Cálculo 1". Como estas alterações aplicam-se apenas a estudantes quem ingressaram a partir de 2017-1, foi necessário gerar uma nova versão (versão 2017-1) para diferenciar as regras aplicáveis aos dois grupos de estudantes:



Em 2019-1 houve novo conjunto de alterações que impactaram significativamente no currículo, desta vez em função de normativa do Conselho Nacional de Educação que aumentou a carga mínima do curso para 3840 horas-aula. Tais alterações afetam apenas estudantes que ingressaram a partir de 2019-1, sendo necessário, portanto, definir nova versão para o currículo, além das duas anteriores já existentes:

A vinculação de um estudante à versão do currículo é feita automaticamente em função de seu período de ingresso no curso. No exemplo acima, um estudante que ingresosu no curso em 2015-2 é vinculado à versão 2007-1. Já um estudante que ingressou em 2017-1 ou 2017-2 está sujeito à versão 2017-1.


Etiqueta:

Cada disciplina de uma versão de currículo pode ser etiquetada com uma ou mais da seguintes etiquetas padrão (etiquetas específicas podem ser definidas para um currículo em particular):



Uma vez que as disciplinas estejam etiquetadas, as etiquetas podem ser utilizadas para:


Área/Ênfase:

Há currículos nos quais são definidas áreas ou ênfases de especialização, sendo que o estudante pode optar por seguir uma ou mais destas áreas/ênfases. Exemplo disto é o currículo do curso de Engenharia Elétrica que é dividido em 6 áreas:



Cada área/ênfase é composta por uma ou mais disciplinas não obrigatórias, visto que o estudante pode optar por cursar ou não uma determinada área, sendo que uma mesma disciplina pode pertencer a mais de uma área/ênfase. Uma vez que tenham sido definidas as áreas e associadas as correspondentes disciplinas, as áreas/ênfases podem ser utilizadas para fins similares aos descritos para etiquetas, ou seja, para validação do currículo e para verificação de critérios de conclusão de curso.


Grupo de disciplinas:

Em geral as etiquetas são atribuídas diretamente às disciplinas, como mostrado na figura abaixo na qual a etiqueta "Obrigatória" foi atribuída à disciplina INE5614, indicando que o estudante deve obrigatoriamente cursar esta disciplina. Contudo, há casos nos quais este recurso é insuficiente, requerendo que uma ou mais etiquetas sejam atribuídas de forma dinâmica. Isto é possível via agrupamento de disciplinas, como no caso das disciplinas INE5681 e CAD5213 da imagem abaixo.


Neste exemplo as etiquetas "Obrigatória" e "Optativa" foram atribuídas ao grupo, e não às disciplinas individualmente. A ordem das etiquetas é significativa, indicando que será atribuída a etiqueta "Obrigatória" á primeira das duas disciplinas que o estudante cursar. Caso o estudante curse também a outra disciplina, a ela será atribuída a etiqueta "Optativa". Ou seja, esta composição indica que o estudante deve obrigatoriamente cursar uma das disciplinas, não importando qual. Caso ele curse também a segunda, sua carga horária será contabilizada como optativa.

Algumas restrições relativas ao agrupamento de disciplinas são:


Critério de Conclusão:

Os conceitos anteriores possibilitam a estruturação do currículo e a categorização das disciplinas, mas não são suficientes para prover um mecanismo automático de verificação de integralização curricular. Cada projeto pedagógico de curso estabece um conjunto de critérios que devem ser observados pelo estudante para efeito de integralização curricular, os quais são muito particulares e variam bastante de curso para curso. A precisa definição desses critérios é também fundamental para todo o processo posterior de acompanhamento da "vida" do estudante, com vistas a emitir alertas e orientá-lo ao longo do curso, assim como oferecer mecanismos que propiciem à coordenação de curso a identificação de potenciais riscos quanto à conclusão do curso.

A tabela abaixo exemplifica os critérios de conclusão de curso de um versão particular de um currículo:


onde:


Verificação dos requisitos para conclusão do curso:

Completada a configuração das versões do currículo é possível, agora, ver de forma precisa os a satisfação dos requisitos para conclusão do curso do ponto de vista de um estudante em particular.


Nesta tabela: Ela mostra que o estudante em questão já cursou um total de 2754 horas-aula, restando 918 horas-aula (25%) para integralizar o currículo, sendo que 630 destas horas são de disciplinas obrigatórias. A carga total restante cai para 450 horas-aula (12,3%) caso ele seja aprovado em todas as disciplinas que esteja cursando.